Doença hepática crônica: indicações para transplante de fígado
Postado em: 07/08/2023
O transplante de fígado é uma intervenção que pode ser indicada para pacientes com Doença Hepática Crônica avançada. A cirurgia tem o objetivo de substituir o órgão doente por um saudável.
Hoje vamos abordar com mais detalhes a doença hepática e as indicações desse procedimento. Para saber mais, continue sua leitura!
O que é a doença hepática crônica?
A doença hepática crônica é uma condição de longo prazo que afeta o fígado, órgão fundamental para o funcionamento do corpo. Ela pode ser causada por diversos fatores, como consumo excessivo de álcool, hepatites virais, obesidade e diabetes.
Ao longo do tempo, a inflamação contínua no fígado pode levar à cicatrização do tecido, conhecida como fibrose, e eventualmente à cirrose, comprometendo sua função. Sintomas incluem fadiga, icterícia, inchaço abdominal e alterações mentais, por exemplo.
Quando o transplante de fígado é indicado para pacientes com doença hepática crônica?
O transplante de fígado é indicado em casos de doença hepática crônica quando outras opções de tratamento não são mais eficazes. Geralmente, isso ocorre quando a função hepática deteriora-se significativamente, comprometendo a saúde do paciente.
A cirrose avançada, frequentemente causada por doença alcoólica do fígado, hepatites virais, esteato-hepatite não alcoólica (NASH) ou distúrbios metabólicos, pode exigir um transplante. Os critérios de seleção consideram a gravidade da doença, a saúde geral do paciente e a probabilidade de sucesso pós-transplante.
O paciente deve estar clinicamente estável e ter condições para suportar a cirurgia. O transplante oferece a oportunidade de restaurar a função hepática, melhorando a qualidade de vida e prolongando a sobrevida. Após o procedimento, o paciente requer acompanhamento médico contínuo e medicamentos imunossupressores para prevenir a rejeição do órgão.
Como é feito o transplante de fígado?
O transplante de fígado é uma intervenção cirúrgica que envolve a substituição de um fígado doente por um saudável de um doador compatível. O procedimento é realizado em etapas meticulosas:
- Primeiramente, o paciente é submetido a uma avaliação rigorosa para determinar a adequação ao transplante. Uma vez aprovado, ele é colocado na lista de espera por um órgão doado. O doador pode ser alguém que faleceu recentemente e decidiu doar seus órgãos ou um doador vivo, como um membro da família compatível;
- Quando um fígado compatível é encontrado, a cirurgia é agendada. Durante a operação, o fígado doente do paciente é cuidadosamente removido, assim como o fígado saudável do doador. O fígado do doador é então implantado no paciente e conectado às veias e artérias do indivíduo, bem como aos dutos biliares;
- Após a cirurgia, o paciente é monitorado de perto na unidade de terapia intensiva (UTI) para garantir que o fígado transplantado esteja funcionando adequadamente e não seja rejeitado pelo sistema imunológico do paciente. Medicações imunossupressoras são administradas para prevenir a rejeição;
- O pós-operatório envolve um período de recuperação hospitalar, seguido por acompanhamento médico contínuo para monitorar a saúde do paciente e a função do fígado transplantado.
A recuperação pode levar várias semanas a meses, mas o transplante de fígado oferece a chance de uma qualidade de vida melhor e uma segunda chance para pacientes com “DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA” avançada. Essa é uma conquista notável da medicina moderna.
Esperamos que o conteúdo tenha ajudado a saber mais sobre o assunto. Para agendar um horário com o Dr. Fabrício, entre em contato pelo WhatsApp!
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Fabricio Coelho Especialista em Cirurgia do Aparelho DigestivoGraduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), possui Residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela mesma instituição, sendo especialista em Cirurgia Hepato-Pancreato-Biliar (HPB), Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo, Cirurgia Videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.
CRM-SP 104.317