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Eletroporação de tumores pancreáticos

Na última década a prevalência de câncer de pâncreas entre os brasileiros vem aumentando cerca de 4% ao ano. De acordo com os dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), esse tumor representa apenas 2% dos casos de câncer no país.

Seu tratamento inclui a realização de cirurgia. Contudo, há casos em que eles estão localizados em lugares de difícil acesso neste órgão, cercados por tecidos e outros vasos sanguíneos, tornando a intervenção cirúrgica arriscada ou mesmo inviável.

Dessa forma, foi desenvolvida uma técnica chamada de eletroporação irreversível, através de um aparelho batizado de NanoKnife.

Como funciona esta técnica?

A técnica utiliza agulhas compridas, que são inseridas no abdômen do paciente, ligadas a este aparelho, emitindo choques elétricos precisos, que atingem diretamente o tumor. 

Isso incita as células cancerosas a morrer. Em outras palavras, as agulhas são posicionadas ao lado do tumor e geram uma onda de alta voltagem, que percorre a célula cancerígena, criando o que chamamos de nanoporos.

É justamente como se ocorresse um choque, matando as células cancerosas, sem que o tumor necrose.

As agulhas são inseridas diretamente sobre a pele, ou por meio de cirurgias, que incluem as abertas ou minimamente invasivas.

Vantagens e desvantagens da eletroporação para tumores pancreáticos

Antes de qualquer coisa, a principal vantagem é a melhora da qualidade de vida do paciente. O indivíduo sente menos dor e efeitos colaterais. Contudo, ainda são necessários mais estudos para determinar a taxa de sobrevida de pacientes e outros indicadores com mais exatidão.

Contudo, alguns estudos iniciais, como o que foi realizado pela Universidade de Amsterdã, na Holanda, sugerem que a sobrevida que se ganha com a quimioterapia é a mesma se comparada a eletroporação (algumas situações). 

Além disso, o tempo gasto no procedimento é extremamente rápido, com duração aproximada de, no máximo, 15 minutos, com possibilidade de alta no mesmo dia. Por enquanto, a grande desvantagem é o acesso cirúrgico.

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