Tudo Sobre a Cirurgia de Retirada do Pâncreas
Postado em: 14/04/2025
A Cirurgia de Retirada do Pâncreas, chamada de pancreatectomia, é um procedimento de alta complexidade indicado em situações específicas.
Neste artigo, vou comentar sobre os principais motivos que levam à necessidade dessa cirurgia, os tipos de pancreatectomia realizados e os cuidados envolvidos antes e depois do procedimento. Convido você a continuar a leitura para tirar dúvidas!
Quando a retirada do pâncreas é necessária?
O pâncreas é uma glândula vital com funções digestivas e hormonais, produzindo enzimas que auxiliam na quebra dos alimentos e hormônios como a insulina. Portanto, sua retirada, mesmo que parcial, exige planejamento minucioso.
A pancreatectomia é indicada principalmente em casos como os dos exemplos a seguir:
- Tumores malignos do pâncreas, como o adenocarcinoma ductal pancreático;
- Tumores neuroendócrinos, dependendo da localização e agressividade;
- Cistos pancreáticos suspeitos de malignidade;
- Pancreatite crônica com dor refratária ao tratamento clínico;
- Trauma abdominal grave com lesão irreversível do órgão;
- Tumores em órgãos adjacentes que invadem o pâncreas.
A avaliação da extensão da doença, da funcionalidade pancreática e da condição clínica do paciente é feita por meio de exames de imagem, endoscopia e análise laboratorial detalhada.
Se você deseja mais informações sobre o meu trabalho como cirurgião do aparelho digestório, entre em contato!
Quais são os tipos de cirurgia de retirada do pâncreas?
A “Cirurgia de Retirada do Pâncreas” pode ser parcial ou total, e cada tipo está relacionado à localização da lesão.
O objetivo é remover o tecido comprometido preservando ao máximo a função pancreática, quando possível.
A seguir, conheça os principais tipos de pancreatectomia realizados:
Pancreatoduodenectomia (Cirurgia de Whipple)
Indicada quando o tumor está localizado na cabeça do pâncreas, essa cirurgia é a mais comum entre as pancreatectomias. Envolve a retirada de:
- Cabeça do pâncreas;
- Duodeno (primeira parte do intestino delgado);
- Vesícula biliar e parte do colédoco;
- Parte do estômago (em algumas variações).
Após a retirada, é feita a reconstrução com anastomoses entre as vias biliares, estômago e o pâncreas remanescente, se possível.
Pancreatectomia distal
Usada quando a lesão está no corpo ou cauda do pâncreas. Nesse caso:
- Retira-se o corpo e a cauda do pâncreas;
- Frequentemente, o baço também é removido, por estar anatomicamente ligado ao pâncreas.
Essa cirurgia pode ser realizada por via aberta, laparoscópica ou robótica, conforme a complexidade do caso e a experiência da equipe.
Pancreatectomia total
Indica-se em situações em que a lesão afeta todo o pâncreas ou quando não é possível garantir margens cirúrgicas livres em uma pancreatectomia parcial.
Consequências da retirada total do pâncreas podem incluir:
- Diabetes insulino-dependente;
- Necessidade de reposição enzimática para digestão;
- Riscos maiores de complicações nutricionais.
A decisão por esse procedimento é cuidadosamente ponderada, levando em conta os riscos e os benefícios em cada cenário clínico.
Entre em contato e agende um horário para conversarmos sobre o seu caso!
A cirurgia de retirada do pâncreas é um tratamento que deve ser sempre avaliado e personalizado de acordo com as demandas de cada paciente.
convido você a conhecer meu trabalho como cirurgião do aparelho digestório, entendendo as técnicas que utilizo e meu parecer sobre seu caso. Entre em contato para mais informações!
Dr. Fabricio Coelho
Cirurgião do Aparelho Digestório e Cirurgião Geral
CRM-SP: 104317 | RQE: 110400 | 110399
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Fabricio Coelho Especialista em Cirurgia do Aparelho DigestivoGraduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), possui Residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela mesma instituição, sendo especialista em Cirurgia Hepato-Pancreato-Biliar (HPB), Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo, Cirurgia Videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.
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