Retirada da vesícula biliar: como é feita?
Postado em: 05/04/2022
A vesícula biliar é um órgão minúsculo que fica localizado no lado direito do abdômen, bem abaixo da costela e por trás do fígado.
A única função da vesícula biliar é excretar e enviar a bile, uma substância aquosa de cor amarelada, ao fígado.
No fígado, a bile auxilia na metabolização de substâncias que chegam ao órgão.
Apesar de ter relativa importância, eventualmente a vesícula biliar pode ficar doente e perder as suas funções.
Nestas situações, a cirurgia para a retirada do órgão pode ser o único caminho.
Veja neste artigo os motivos que levam à remoção da vesícula biliar e como esse procedimento cirúrgico é feito.
Quando é necessário extrair a vesícula biliar?
Como dissemos anteriormente, por vezes a vesícula biliar adoece e, com isso, para de excretar a bile corretamente.
Além disso, o órgão começa a produzir pedras, as famosas pedras de vesícula, e até pólipos.
Caso chegue nesse estágio, a vesícula fica extremamente inflamada, causando dores excruciantes na pessoa acometida.
Por causa disso, o órgão precisa ser totalmente removido por meio da colecistectomia, que é a cirurgia para retirada da vesícula biliar.
Como é feita a cirurgia?
Depois de avaliar o quadro do paciente em questão, o cirurgião especialista em cirurgias do aparelho digestivo, que é o profissional indicado nesses casos, irá definir como será feita a colecistectomia.
No procedimento, a vesícula será totalmente removida, juntamente com algumas estruturas adjacentes.
Existem dois tipos de cirurgia para retirada da vesícula biliar. Saiba mais:
Colecistectomia convencional
No método tradicional de retirada da vesícula biliar, um grande corte é feito no abdômen do paciente para a remoção do órgão doente.
Esse tipo de intervenção cirúrgica é relativamente mais simples e está disponível em sistemas públicos de saúde.
Contudo, por ser mais invasivo, requer um pós-operatório mais delicado.
Colecistectomia laparoscópica
Em contraponto ao método tradicional, a moderna colecistectomia feita por meio de laparoscopia é bem menos invasiva.
Depois de aplicada a anestesia geral, comum aos dois tipos de cirurgia para retirada da vesícula, o cirurgião então faz entre dois e quatro pequenos furos no abdômen da pessoa.
Então, cânulas com instrumentos cirúrgicos e câmeras acopladas são introduzidas nas cavidades.
Por meio da câmera o especialista pode observar o interior do paciente, enquanto que com os instrumentos ele pode remover a vesícula e extraí-la por meio das incisões feitas no abdômen.
Esse tipo de cirurgia costuma ter um valor elevado e não é feito através do SUS.
Por outro lado, costuma ter um pós-operatório mais rápido e tranquilo, por não ser tão invasivo.
Possíveis riscos e efeitos colaterais do procedimento
A colecistectomia, seja ela feita em qualquer uma das versões, costuma ser um procedimento bastante seguro.
Efeitos colaterais são reduzidos a possíveis infecções e hemorragias que são facilmente tratadas no pós-operatório.
Com isso, em poucos dias o paciente pode voltar às suas atividades normais.
Pós-operatório: como é?
Se o método cirúrgico escolhido tiver sido a laparoscopia, estima-se que o tempo de recuperação total não passe de 10 dias.
Já o pós-operatório da cirurgia tradicional pode durar de duas a quatro semanas.
De toda forma, o paciente deve manter uma dieta balanceada após o procedimento.
As recomendações dos especialistas são no sentido de se evitar alimentos gordurosos e/ou ácidos.
Em por volta de um mês após o procedimento cirúrgico o paciente já pode voltar à sua dieta pré-operatória.
Faça a cirurgia com um especialista
Problemas na vesícula são relativamente comuns e costumam afetar pessoas acima dos 40 anos.
Por isso, fique atento à sua saúde e à saúde dos familiares.
Em caso de necessidade de um tratamento na área, não hesite em contar com o profissionalismo e a competência do Dr. Fabricio Coelho.
Esse profissional é especialista em cirurgia do trato digestivo e tem na colecistectomia uma das suas especialidades.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Fabricio Coelho Especialista em Cirurgia do Aparelho DigestivoGraduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), possui Residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela mesma instituição, sendo especialista em Cirurgia Hepato-Pancreato-Biliar (HPB), Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo, Cirurgia Videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.
CRM-SP 104.317