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Pancreatite: sintomas, causas e tratamentos

Postado em: 24/07/2024

Pancreatite: sintomas, causas e tratamentos

Hoje quero conversar com você sobre uma condição muito relevante: a Pancreatite e seus Sintomas

Essa inflamação do pâncreas pode ser desencadeada por várias causas e, dependendo da gravidade, pode necessitar de intervenção cirúrgica. 

Continue sua leitura para saber mais sobre o assunto! Vamos começar?

Causas da pancreatite aguda

A pancreatite aguda pode ser provocada por múltiplos fatores. As principais causas incluem:

  • Cálculos biliares: Pequenas pedras que podem obstruir o ducto biliar, impedindo o fluxo normal e provocando inflamação no pâncreas.
  • Consumo excessivo de álcool: O álcool pode danificar as células pancreáticas diretamente, levando à inflamação.
  • Trauma abdominal: Lesões diretas no abdômen, como as causadas por acidentes ou impactos fortes, podem afetar o pâncreas.
  • Medicações: Certos medicamentos podem induzir pancreatite como efeito colateral.
  • Infecções: Vírus como o da caxumba, por exemplo, podem desencadear inflamação pancreática.
  • Níveis elevados de triglicerídeos: Altos níveis de gordura no sangue são um fator de risco conhecido.
  • Fatores genéticos e condições autoimunes: Algumas pessoas têm predisposição genética ou condições autoimunes que afetam o pâncreas.

Identificar a causa subjacente é crucial para um tratamento eficaz e para prevenir recorrências.

Pancreatite: sintomas e diagnóstico

Vamos detalhar mais sobre a a “Pancreatite e seus Sintomas” a seguir, lembrando que eles podem variar em intensidade e gravidade. Exemplos incluem:

  • Dor abdominal intensa: Esta dor é persistente, localizada na parte superior do abdômen e frequentemente irradia para as costas. A dor pode piorar após comer, especialmente alimentos ricos em gordura.
  • Náuseas e vômitos: São sintomas comuns que acompanham a dor abdominal. A persistência desses sintomas pode levar à desidratação e desequilíbrios eletrolíticos.
  • Febre e taquicardia: Febre e batimentos cardíacos acelerados são indicativos de inflamação ou infecção. A presença de febre sugere que a pancreatite pode ser acompanhada de complicações infecciosas.
  • Perda de apetite e distensão abdominal: O abdômen pode se apresentar inchado e dolorido ao toque. A distensão é causada pela inflamação e acúmulo de líquidos.
  • Icterícia: Em casos onde a pancreatite é causada por cálculos biliares que obstruem o ducto biliar, pode ocorrer icterícia, que é a coloração amarelada da pele e dos olhos.
  • Hipotensão: Em casos graves, a pancreatite pode levar à queda da pressão arterial, resultando em tontura e até choque.
  • Confusão mental: A inflamação severa pode afetar outros sistemas do corpo, levando a confusão e alteração do estado mental, especialmente em casos graves.

O diagnóstico de pancreatite e seus sintomas envolve uma combinação de histórico médico, exame físico e uma série de testes laboratoriais e de imagem:

  • Histórico médico e exame físico: Avaliar o histórico médico do paciente, incluindo consumo de álcool e histórico de cálculos biliares, é fundamental. Durante o exame físico, a sensibilidade abdominal pode indicar inflamação pancreática.
  • Testes laboratoriais: A análise de sangue é crucial para diagnosticar pancreatite aguda. Níveis elevados das enzimas pancreáticas amilase e lipase são os marcadores mais comuns. Outros testes podem incluir níveis de cálcio, glicose, bilirrubina e leucócitos para avaliar complicações e a gravidade da inflamação.
  • Exames de imagem:
    • Ultrassonografia abdominal: Utilizada para detectar cálculos biliares e outras anormalidades na vesícula biliar e ductos biliares.
    • Tomografia computadorizada (TC): Fornece imagens detalhadas do pâncreas e pode identificar complicações como necrose pancreática, abscessos e pseudocistos.
    • Ressonância Magnética (RM): Especialmente útil para visualizar os ductos pancreáticos e biliares, além de fornecer detalhes adicionais sobre o estado do pâncreas.
  • Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE): Este procedimento combina endoscopia e radiografia para visualizar os ductos biliares e pancreáticos. É útil para identificar e tratar obstruções, como cálculos biliares que podem estar causando a pancreatite. A CPRE também permite a coleta de amostras para biópsia, se necessário.
  • Avaliação de complicações: Em casos graves, pode ser necessária uma avaliação adicional para identificar complicações como insuficiência renal, falência respiratória ou infecções sistêmicas. Isso pode incluir testes de função renal, exames de gases arteriais e culturas de sangue.

O tratamento da pancreatite e seus sintomas

Opções cirúrgicas

Embora o tratamento inicial para pancreatite e seus sintomas muitas vezes seja conservador, focado no suporte nutricional e manejo da dor, casos mais graves ou complicados podem necessitar de intervenção cirúrgica

As opções incluem:

  • Descompressão do ducto pancreático: Técnicas endoscópicas ou radiológicas podem ser utilizadas para aliviar a obstrução do ducto pancreático, facilitando o fluxo de enzimas e líquidos.
  • Necrosectomia: Em casos de necrose pancreática, a remoção das áreas afetadas pode ser necessária. Esse procedimento é geralmente realizado por meio de cirurgia minimamente invasiva.
  • Remoção de pseudocistos: Complicações como pseudocistos pancreáticos podem requerer remoção cirúrgica.
  • Pancreatectomia: Em situações mais graves, a remoção parcial ou total do pâncreas pode ser considerada.

Cada procedimento para pancreatite aguda deve ser realizado por cirurgiões especializados. 

Avaliar cada caso individualmente permite determinar a melhor abordagem cirúrgica com base nas características específicas do paciente e na gravidade da doença.

A pancreatite e seus sintomas devem ser levados a sério e avaliados por um profissional qualificado. Não deixe de buscar ajuda!

Espero que o conteúdo tenha ajudado. Você pode ter mais informações sobre o meu trabalho entrando em contato pelo WhatsApp!  

Dr. Fabrício Ferreira Coelho
Cirurgião do Aparelho Digestivo e Cirurgião Geral 
CRM 104317 | RQE 110400 | 110399

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    INFORMAÇÕES DO AUTOR:

    Dr. Fabricio Coelho Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo

    Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), possui Residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela mesma instituição, sendo especialista em Cirurgia Hepato-Pancreato-Biliar (HPB), Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo, Cirurgia Videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.
    CRM-SP 104.317