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Pancreatite Aguda: causas, diagnóstico e opções cirúrgicas

Postado em: 30/05/2024

A Pancreatite Aguda é uma condição inflamatória do pâncreas que pode ser desencadeada por diferentes causas. Seus sintomas variados e potencialmente graves requerem diagnóstico preciso e, em casos complicados, o tratamento cirúrgico pode ser necessário.  

Hoje você vai saber mais sobre essa doença e quando a cirurgia pode ser indicada. Vamos lá?

Pancreatite Aguda

Quais são as causas da pancreatite aguda?

A pancreatite aguda é uma condição inflamatória do pâncreas que pode ser causada por várias razões. As principais causas incluem: 

  • cálculos biliares, que podem obstruir o ducto biliar e levar à inflamação do pâncreas; 
  • consumo excessivo de álcool, que pode causar danos diretos às células pancreáticas; 
  • trauma abdominal, que pode resultar em lesões no pâncreas; 
  • certos medicamentos; infecções, como a infecção pelo vírus da caxumba; 
  • níveis elevados de triglicerídeos no sangue; 
  • fatores genéticos; 
  • doenças autoimunes; 
  • obstrução do ducto pancreático. 

É importante identificar a causa subjacente da pancreatite aguda para um tratamento adequado e prevenção de recorrências.

Quais são os sintomas da pancreatite aguda e como é feito seu diagnóstico?

A pancreatite aguda apresenta uma variedade de sintomas que podem variar em intensidade. Os mais comuns incluem:

  • dor abdominal intensa e persistente, que pode se irradiar para as costas;
  • náuseas;
  • vômitos;
  • febre;
  • taquicardia;
  • perda de apetite;
  • distensão abdominal. 

Em casos mais graves, pode ocorrer icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) devido à obstrução do ducto biliar.

O diagnóstico é baseado em uma combinação de histórico médico, exame físico, exames laboratoriais e exames de imagem. Os exames laboratoriais geralmente mostram níveis elevados de amilase e lipase, enzimas pancreáticas, no sangue. 

Além disso, podem ser solicitados exames de imagem, como ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), para visualizar o pâncreas e detectar possíveis complicações, como abscessos ou necrose pancreática.

Em alguns casos, pode ser necessária uma colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) para avaliar a obstrução do ducto biliar ou realizar uma biópsia do pâncreas para determinar a causa subjacente da pancreatite.

O diagnóstico precoce da pancreatite aguda é essencial para um tratamento adequado e redução do risco de complicações graves. Portanto, é importante procurar atendimento médico imediato se os sintomas característicos dessa condição forem observados.

Quais as opções cirúrgicas para o tratamento da pancreatite aguda?

O tratamento cirúrgico da pancreatite aguda é geralmente reservado para casos complicados ou graves que não respondem ao tratamento conservador. Existem várias opções de cirurgias disponíveis, dependendo das características específicas do paciente e da gravidade da doença. Confira algumas das principais!

Descompressão do ducto pancreático

A primeira abordagem cirúrgica é a descompressão do ducto pancreático, que pode ser realizada por meio de técnicas endoscópicas ou radiológicas. Esses procedimentos visam aliviar a obstrução do ducto pancreático e melhorar o fluxo de líquidos e enzimas pancreáticas.

Necrosectomia

Em casos de pancreatite aguda necrosante ou com abscessos pancreáticos, a cirurgia pode ser necessária para remover as áreas necróticas ou drenar os abscessos. Esse procedimento é chamado de necrosectomia ou drenagem de abscesso pancreático e é geralmente realizado por meio de cirurgia minimamente invasiva, como a laparoscopia.

Remoção de pseudocistos

Nos casos em que ocorrem complicações, como a formação de pseudocistos pancreáticos, a remoção cirúrgica desses elementos pode ser necessária.

Pancreatectomia

Em situações muito graves, quando há falência orgânica múltipla ou necrose pancreática extensa, pode ser considerada uma pancreatectomia parcial ou total, que envolve a remoção parcial ou completa do pâncreas.

É importante ressaltar que a cirurgia para a pancreatite aguda é complexa e deve ser realizada por cirurgiões especializados em doenças pancreáticas. Cada caso deve ser avaliado individualmente para determinar a melhor abordagem cirúrgica com base nas características do paciente e na gravidade da doença. O tratamento geralmente é combinado com cuidados de suporte e terapia nutricional para obter melhores resultados.

Em resumo, a “PANCREATITE AGUDA” é uma condição séria que exige atenção médica imediata. O diagnóstico correto e o tratamento adequados são essenciais para controlar a doença, aliviar os sintomas e prevenir complicações graves. A abordagem multidisciplinar e o acompanhamento são fundamentais para o cuidado e recuperação dos pacientes com pancreatite aguda.

Esperamos que o conteúdo tenha ajudado. Para conversar com mais detalhes com um profissional, não deixe de agendar uma consulta com o Dr. Fabrício.

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Fabricio Coelho Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo

Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), possui Residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela mesma instituição, sendo especialista em Cirurgia Hepato-Pancreato-Biliar (HPB), Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo, Cirurgia Videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.
CRM-SP 104.317