Mitos e verdades sobre a gordura no fígado
Postado em: 26/03/2022
A famosa gordura no fígado, fígado gordo ou esteatose hepática, como é conhecida cientificamente, é uma doença muito comum.
Esse mal pode evoluir para outras doenças e até se transformar em câncer, em alguns casos mais graves.
Mas, por causa do seu potencial relativamente grave e da sua “popularidade”, surgem muitos mitos sobre a gordura no fígado.
Neste artigo você conhecerá o que é mito e o que é verdade no que diz respeito a 7 perguntas muito comuns sobre a esteatose hepática.
Além disso, explicamos melhor o que de fato é a gordura no fígado.
Acompanhe!
O que é gordura no fígado?
A esteatose hepática é, como o seu nome popular já diz, ocasionada pelo acúmulo de gordura no fígado.
Esse acúmulo pode ocorrer por fatores como sedentarismo, dieta desregrada, consumo exagerado de bebidas alcoólicas, diabetes, obesidade e alguns outros.
Geralmente a gordura no fígado só é diagnosticada em pessoas acima dos 50 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade, a depender da sua origem.
A condição pode ser descoberta em três fases distintas:
- Grau 1: nível de gordura baixo e apenas superficial;
- Grau 2: a gordura começa a inflamar as células que compõem o fígado. Aqui, o paciente começa a sentir alguns sintomas como dor abaixo da costela, enjoo e inchaços na barriga;
- Grau 3: é o último estágio da esteatose hepática. Quando chega a este grau, a doença já comprometeu as células do fígado e outras doenças como hepatite, cirrose não alcoólica e até câncer de fígado podem aparecer.
Hoje em dia a esteatose hepática pode ser identificada em exames de rotina com imagem.
O diagnóstico precoce é sempre o melhor remédio para evitar uma evolução grave da doença.
Gordura no fígado: veja o que é mito e o que é verdade
Agora, navegue por algumas das principais perguntas feitas acerca da gordura no fígado e saiba o que é verdade e o que é mito sobre elas.
Pessoas magras não têm gordura no fígado
Mito. Pessoas magras podem sim desenvolver gordura no fígado.
Acontece que essa condição surge a partir da metabolização de gordura em excesso pelo fígado.
Esse problema pode ser ocasionado pelo colesterol ruim, diabetes e outros problemas que também acometem os magros.
A pessoa pode ter gordura no fígado e não sentir nada
Verdade. Quando a esteatose hepática está no grau 1, não apresenta nenhum sintoma.
Apenas a partir do grau 2 a doença começa a apontar sinais, e na maioria das vezes é aí que o indivíduo descobre a condição.
Remédios não são a primeira opção para o combate da gordura no fígado
Verdade. Apesar de hoje em dia existirem alguns fármacos que ajudam no tratamento da esteatose hepática, eles não são a primeira opção.
Geralmente a solução para o problema, quando está em fases iniciais, passa por mudanças na dieta e no estilo de vida da pessoa acometida.
Mulheres com gordura no fígado não podem engravidar
Mito. Mulheres que tenham gordura no fígado grau 1 podem sim engravidar e terem uma gravidez tranquila.
Contudo, em graus mais altos a doença pode pôr em risco a saúde da mulher durante a gravidez.
Além disso, se a mulher tiver doenças pré-existentes, pode desenvolver esteatose hepática aguda durante a gravidez.
Por tudo isso, é extremamente importante que a gestante faça acompanhamento médico constante.
Crianças não podem ter gordura no fígado
Mito. Crianças portadoras de diabetes ou que estejam obesas podem desenvolver gordura no fígado.
Tanto a hiperglicemia quanto a obesidade alteram o metabolismo da criança, favorecendo o acúmulo de gordura no fígado.
Alguns remédios não funcionam para quem tem gordura no fígado
Verdade. O fígado é o responsável por filtrar as substâncias que compõem os medicamentos.
Por sua vez, a esteatose hepática reduz a capacidade do fígado, o que pode impedir a absorção de algumas substâncias.
Perder peso muito rápido pode desencadear a esteatose hepática
Verdade. A rápida perda de peso sobrecarrega o fígado, que tem que processar muito mais gordura que o usual.
Com isso, as chances de o órgão reter grande parte dessa gordura aumentam muito.
Por causa disso, todo processo de emagrecimento deve ser acompanhado por profissionais.
Cuide do seu fígado antes que seja tarde
Não deixe que a esteatose hepática destrua o seu fígado, exigindo um transplante ou outros métodos de tratamento invasivos.
Preze pela sua qualidade de vida e entre hoje mesmo em contato com a equipe do Dr. Fabrício Coelho, especialista em aparelho digestivo!
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Dr. Fabricio Coelho Especialista em Cirurgia do Aparelho DigestivoGraduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), possui Residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela mesma instituição, sendo especialista em Cirurgia Hepato-Pancreato-Biliar (HPB), Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo, Cirurgia Videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.
CRM-SP 104.317