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Diagnóstico e manejo cirúrgico de Cistos Pancreáticos

Postado em: 10/01/2024

Os Cistos Pancreáticos representam uma variedade de bolsas de líquido que se formam no pâncreas, podendo ser classificados em diferentes tipos, como pseudocísticos, cistadenomas serosos, cistadenomas mucinosos e cistoadenocarcinomas, com características distintas e potenciais de risco variados. Saiba mais no artigo!

Diagnóstico e manejo cirúrgico de Cistos Pancreáticos

O que são Cistos Pancreáticos?

Cistos pancreáticos são bolsas de líquido que se formam no pâncreas. Eles podem variar em tamanho, forma e conteúdo, e muitas vezes são descobertos incidentalmente durante exames de imagem realizados por outras razões médicas, já que, em alguns casos, não causam sintomas perceptíveis.

Existem diferentes tipos de “cistos pancreáticos”, e a classificação pode ser baseada na sua origem, composição e características. Os principais tipos de cistos pancreáticos incluem:

  • Cistos Pseudocísticos: São os tipos mais comuns de cistos pancreáticos e geralmente se formam como resultado de danos ao tecido pancreático, frequentemente devido a pancreatite aguda ou crônica. Esses cistos contêm fluido pancreático, enzimas e detritos celulares.
  • Cistadenomas Serosos: São cistos benignos preenchidos por um líquido claro, geralmente compostos por células pancreáticas produtoras de fluido.
  • Cistadenomas Mucinosos: São cistos mais frequentemente associados a um risco maior de malignidade. Eles contêm um líquido espesso e podem conter células que produzem mucina.
  • Cistoadenocarcinomas: São cistos que contêm células cancerosas.

-Sintomas e Diagnóstico:

Muitos CISTOS PANCREÁTICOS são assintomáticos e são descobertos incidentalmente em exames de imagem realizados por outros motivos de saúde. Quando sintomas estão presentes, podem incluir dor abdominal, náuseas, vômitos, sensação de plenitude abdominal ou perda de peso.

O diagnóstico e a classificação dos cistos pancreáticos são geralmente realizados por meio de exames de imagem, juntamente com informações clínicas e, às vezes, testes específicos, como aspiração de fluido do cisto para análise laboratorial.

-Tratamento:

O tratamento dos cistos pancreáticos depende do tipo de cisto, do tamanho, dos sintomas e do risco de malignidade. Em muitos casos, os cistos benignos assintomáticos podem ser monitorados periodicamente com exames de imagem para verificar mudanças no tamanho ou na aparência. Em casos específicos, pode ser necessária a drenagem do cisto ou a remoção cirúrgica, principalmente se houver sintomas significativos, crescimento anormal ou suspeita de câncer. A abordagem terapêutica é individualizada e determinada pelo médico após avaliação completa do paciente e dos cistos pancreáticos.

Como é feito o diagnóstico e manejo cirúrgico de Cistos Pancreáticos?

O diagnóstico e manejo cirúrgico de cistos pancreáticos envolvem uma abordagem multidisciplinar, utilizando uma combinação de métodos diagnósticos e considerando fatores como o tipo de cisto, tamanho, localização, presença de sintomas e o risco de malignidade. Aqui estão os passos geralmente envolvidos no diagnóstico e manejo cirúrgico de cistos pancreáticos:

-Diagnóstico:

  • Exames de imagem: Tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassonografia abdominal são frequentemente utilizadas para visualizar e caracterizar os cistos pancreáticos, determinando o tamanho, a localização e as características do cisto.
  • Análise do fluido do cisto: Em alguns casos, a aspiração do líquido do cisto é realizada por meio de uma punção guiada por ultrassom ou tomografia para análise laboratorial. Isso pode ajudar a determinar a natureza do cisto (benigno, mucinoso, pseudocístico, etc.) e o risco de malignidade.
  • Endoscopia: Em procedimentos endoscópicos, como a ultrassonografia endoscópica (EUS) ou colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), podem ser utilizados para obter imagens mais detalhadas do pâncreas e dos cistos, e em alguns casos, é possível realizar uma biópsia durante esses procedimentos.

-Manejo Cirúrgico:

  • Observação e monitoramento: Cistos pancreáticos pequenos e assintomáticos, especialmente aqueles com baixo risco de malignidade, podem ser monitorados regularmente com exames de imagem para observar mudanças no tamanho ou na aparência.
  • Drenagem percutânea: Em alguns casos, cistos sintomáticos ou volumosos podem ser drenados utilizando-se uma agulha guiada por imagem para remover o líquido acumulado e aliviar sintomas como dor ou desconforto.
  • Ressecção cirúrgica: Se o cisto for sintomático, aumentar de tamanho, apresentar características suspeitas de malignidade ou causar complicações, a remoção cirúrgica parcial ou total do cisto e, às vezes, do segmento pancreático afetado, pode ser necessária. Isso pode ser feito por meio de técnicas cirúrgicas abertas ou minimamente invasivas, como a cirurgia laparoscópica ou robótica.

A decisão sobre o manejo cirúrgico dos cistos pancreáticos é individualizada e baseada na avaliação completa do paciente, do tipo de cisto, dos sintomas e dos fatores de risco de malignidade. Uma equipe médica multidisciplinar, incluindo gastroenterologistas, cirurgiões, radiologistas e patologistas, geralmente colabora para determinar a abordagem mais apropriada para cada caso específico.

O manejo dos cistos pancreáticos depende de vários fatores, incluindo o tipo de cisto, tamanho, sintomas apresentados e o risco de malignidade. O tratamento pode variar desde a observação com monitoramento regular até a drenagem percutânea e, em alguns casos, a ressecção cirúrgica parcial ou total do cisto, dependendo da necessidade de alívio de sintomas, prevenção de complicações ou suspeita de malignidade.

O Dr. Fabrício Coelho é cirurgião do aparelho digestivo e realiza o diagnóstico e manejo cirúrgico de Cistos Pancreáticos. Entre em contato e agende sua consulta!

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Fabricio Coelho Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo

Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), possui Residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela mesma instituição, sendo especialista em Cirurgia Hepato-Pancreato-Biliar (HPB), Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo, Cirurgia Videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.
CRM-SP 104.317