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Cirurgia Robótica no Tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo

Postado em: 22/05/2023

A Cirurgia Robótica no tratamento do câncer do aparelho digestivo tem se tornado uma abordagem cada vez mais utilizada, oferecendo maior precisão e controle durante os procedimentos. Hoje vamos explicar mais detalhes sobre esse tipo de operação, então continue sua leitura se você tem dúvidas sobre o assunto!

Câncer do Aparelho Digestivo

Como é feita a cirurgia robótica no tratamento do câncer do aparelho digestivo?

A cirurgia utiliza um dispositivo chamado de sistema cirúrgico robótico, que consiste em uma série de braços robóticos controlados por um cirurgião através de uma console. O profissional manipula os controles da console, que enviam comandos para os braços, permitindo que eles executem movimentos precisos e delicados.

No caso do tratamento do câncer do aparelho digestivo, a técnica pode ser utilizada para realizar diferentes tipos de procedimentos, como a ressecção de tumores no estômago, esôfago, cólon ou reto. O sistema robótico é composto por braços flexíveis e instrumentos cirúrgicos especiais que são inseridos no corpo do paciente através de pequenas incisões.

Durante a operação, o cirurgião controla os movimentos dos braços robóticos através da console, visualizando uma imagem tridimensional ampliada e de alta definição do campo cirúrgico. Essa imagem é gerada por uma câmera de vídeo que está conectada a um dos braços robóticos e permite uma visão detalhada da área a ser tratada.

Os braços robóticos possuem instrumentos cirúrgicos acoplados, como pinças e tesouras, que replicam os movimentos do médico de forma precisa e estável. Esses instrumentos podem ser articulados em várias direções, permitindo um acesso mais fácil a áreas difíceis de serem alcançadas em uma cirurgia tradicional.

Uma das principais vantagens da cirurgia robótica é a capacidade de realizar movimentos mais precisos e delicados do que nas técnicas cirúrgicas convencionais. Isso é especialmente benéfico no tratamento do câncer do aparelho digestivo, onde a preservação dos tecidos saudáveis ao redor do tumor é importante para reduzir complicações pós-operatórias e melhorar os resultados a longo prazo.

Além disso, a cirurgia robótica geralmente resulta em menor perda de sangue, menor tempo de internação hospitalar e recuperação mais rápida em comparação com a cirurgia aberta tradicional. As incisões menores também podem resultar em menos dor pós-operatória, menor risco de infecção e cicatrizes menos visíveis.

No entanto, é importante ressaltar que a cirurgia robótica no tratamento do câncer do aparelho digestivo não é adequada para todos os casos. A decisão de utilizar essa abordagem dependerá de vários fatores, como o tipo e o estágio do câncer, a experiência do cirurgião e a disponibilidade dos recursos necessários.

Quando a cirurgia robótica no tratamento do câncer do aparelho digestivo é indicada? 

A cirurgia robótica tem se mostrado uma opção valiosa no tratamento do câncer do aparelho digestivo em determinadas situações. Embora cada caso deva ser avaliado individualmente, existem algumas indicações comuns para o uso da técnica nesse contexto. A seguir, descrevemos algumas das principais. 

  • Tumores localizados e restritos: A cirurgia robótica é mais frequentemente recomendada quando o tumor está localizado em uma área específica e pode ser acessado com precisão por meio de pequenas incisões. Isso inclui casos de câncer gástrico (estômago), esofágico, colorretal (cólon e reto) e hepático (fígado), entre outros;
  • Cirurgias complexas ou de difícil acesso: A cirurgia robótica é especialmente útil em cirurgias complexas ou em locais de difícil acesso, onde a precisão e a destreza dos movimentos são ainda mais importantes. Por exemplo, para tumores próximos a órgãos vitais ou estruturas anatômicas complexas, a cirurgia robótica pode permitir ao cirurgião maior controle e capacidade de manobra;
  • Preservação de órgãos e tecidos saudáveis: A cirurgia robótica é particularmente vantajosa quando é necessário preservar órgãos e tecidos saudáveis próximos ao tumor. Os braços robóticos com seus movimentos precisos permitem ao cirurgião remover o tumor com maior precisão, minimizando danos aos tecidos circundantes;
  • Cirurgias minimamente invasivas: A cirurgia robótica é uma forma avançada de cirurgia minimamente invasiva. Ela utiliza pequenas incisões em vez de grandes cortes, resultando em menor trauma cirúrgico, perda de sangue reduzida, menor risco de complicações e tempo de recuperação mais curto em comparação com a cirurgia aberta convencional. Portanto, quando a cirurgia minimamente invasiva é uma opção preferida, a cirurgia robótica pode ser uma escolha adequada;
  • Experiência e habilidade cirúrgica: A cirurgia robótica requer um alto nível de habilidade e experiência por parte do cirurgião e da equipe médica. Portanto, é importante considerar a experiência do profissional no uso do sistema cirúrgico robótico e a disponibilidade dos recursos necessários para realizar o procedimento com segurança e eficácia. Em alguns casos, pode ser necessário encaminhar o paciente para um centro médico especializado com equipe experiente nesse tipo de técnica.

Vale ressaltar que as indicações para a cirurgia robótica podem variar dependendo das características individuais de cada paciente e das opiniões da equipe responsável. É fundamental que a decisão sobre o uso da técnica seja tomada após uma avaliação completa do caso, considerando os riscos, benefícios e melhores opções de tratamento disponíveis.

A “CIRURGIA ROBÓTICA” no tratamento do câncer do aparelho digestivo tem se mostrado uma opção valiosa e promissora. No entanto, sua indicação deve ser avaliada caso a caso, considerando as características individuais de cada paciente.

Esperamos que o conteúdo de hoje tenha te ajudado. para conversar com mais detalhes sobre esse procedimento, você pode agendar uma consulta com o Dr. Fabrício Coelho!

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Fabricio Coelho Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo

Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), possui Residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela mesma instituição, sendo especialista em Cirurgia Hepato-Pancreato-Biliar (HPB), Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo, Cirurgia Videolaparoscópica e Cirurgia Robótica.
CRM-SP 104.317